terça-feira, 12 de abril de 2011

Margarida

Este é o primeiro livro que eu escrevi na minha vida, vou publica-lo aqui e ver qual vai sre a vossa reaçao ao le-lo!




CAPITULO I

Corria o ano de 1992, Margarida, uma jovem de 18 anos, como tantas jovens da sua idade, era estudante e tinha os seus sonhos e as suas ideias para a vida futura, sonhadora por natureza, escondia-se muitas vezes no seu pequeno mundo, onde a escrita era uma constante da sua vida, desde poesia a pequenas narrativas, ela escrevia tudo o que lhe ia na alma e aquilo que sentia dentro de si, geralmente as suas poesias e prosas, como acontece nas sonhadoras, baseava-se no amor…
Sonhava com o seu príncipe encantado montado no seu cavalo branco, sonhava com uma vida de felicidade, a criar os seus filhos numa linda casa, perdida entre as montanhas que rodeiam a pequena vila onde vive no centro do país. Isto tudo, claro, depois de terminar os seus estudos e estar encaminhada na vida.
Mas a vida dá muitas voltas e um dia esse príncipe encantado surge, claro que não montado no cavalo branco, mas era um colega do pai na firma onde ele trabalhava!
Estávamos no verão, e como era costume Margarida quando estava de ferias á noite saia coma sua melhor amiga Sónia, iam ao café ou então ate á praia fluvial lá da terra e passavam horas divertidas com o seu grupo de amigos.
- Sónia, nem imaginas, vi um rapaz, e fiquei louca pelos olhos dele, é lindo!
- Quando o conheceste?
- Ainda não o conheci, mas te garanto que ate ao final da semana ele vai ser meu namorado!
- Bem quanta rapidez! Isso vai ser um namorico de verão?
- Não… Vou-me casar com ele!
Sónia olha para a amiga e sorri, sabia que a Margarida era determinada, mas, daí a pensar em casar, …
-Se tu o dizes quem sou eu para te contradizer, mas diz-me lá quem é esse príncipe encantado, eu conheço?
- Hum, se calhar não! Ele é colega do meu pai, nunca falei com ele, mas te garanto que ao longo desta semana vou conhece-lo e vou começar a namorar com ele!
- E como vais fazer isso? Vais pedir ao teu pai para vos apresentar?
- Não. Achas? O meu pai matava-me se isso acontecesse!
- Então, como vais conseguir essa proeza?
-Ainda não sei, mas que eu vou conseguir ai isso vou.
-Eu não digo que não, afinal tu correr sempre atrás do que estás determinada a conseguir, vamos lá ver no que vai dar!
-Ainda bem que acreditas em mim! – Margarida ri-se, pois sabe que a Sónia a conhece muito bem e sabe da sua determinação.
As coisas acabaram por acontecer por um acaso, sem ser preciso a Margarida fazer grandes planos, o destino por vezes prega-nos partidas que superam a nossa compreensão.
Era uma segunda-feira como tantas outras de um dia de verão quente e, a Margarida levanta-se muito perto da hora do almoço, como era o seu costume para fazer o almoço para o pai, uma vez que o emprego da sua mãe não lhe permitia vir a casa á hora do almoço, durante as ferias essa tarefa cabia-lhe a ela, e como filha única não podia contar com a ajuda de nenhum irmão para que ela ficasse na cama até mais tarde, como tanto gostava. Prepara tudo e senta-se a ver televisão ate que o pai chegasse para juntos almoçarem, mas esperou, esperou, esperou e o pai nunca mais vinha e resolve telefonar para a firma para saber a razão de tanta demora.
-Estou? – Diz, uma voz que a Margarida não consegue identificar, e isso era estranho porque o pai trabalhava ali há muitos anos e ela conhecia toda a gente.
-Estou, com quem estou a falar?
-Com o Miguel.
Margarida ficou silenciosa, porque finalmente apercebera-se que a pessoa que estava do outro lado da linha era o rapaz que ela queria conhecer, mas como tinha que dizer alguma coisa lá continuou:
-Boa-tarde, eu sou a filha do senhor Carvalho, e estou a ligar porque o meu pai costuma vir almoçar por volta do meio-dia e meia, e falta um quarto para as duas, e ele ainda não apareceu!
-O seu pai hoje saiu de manha para resolver uns problemas relacionados com a firma e ainda não voltou, portanto não deve ir almoçar a casa.
-Muito obrigado, eu não sabia, ele deve ter-se esquecido de me avisar! Obrigado na mesma e… Boa-tarde Miguel.
Margarida ficou a pensar no Miguel o resto da tarde e a pensar num plano para continuar a falar com ele e conhece-lo mas era muito arriscado ligar para lá pois podia atende-la alguém que a conhecesse e poderia ter problemas pois iriam sem dúvida alguma contar ao seu pai.
Mas mais uma vez o destino esteve do lado dela, nesse mesmo dia á noite enquanto jantavam a Margarida reclama com o pai por não a ter avisado que não viria almoçar:
-Bem pai podias ao menos ter-me avisado que hoje não vinhas almoçar, estive á tua espera até quase às duas horas, não esperei mais, porque liguei para a firma, e disseram-me que tu tinhas saído!
-Quem é que lá estava a essa hora? – Perguntou a mãe da Margarida
-Foi um rapaz chamado Miguel que me atendeu, não sei quem é!
Claro que a Margarida estava farta de saber quem ele era, mas não podia deixar que os seus pais desconfiassem de nada, os seus pais eram pessoas muito conservadoras e que depositavam na Margarida todas as suas esperanças no futuro, todos os seus sonhos, queriam que a filha tivesse aquilo que eles nunca tinham tido, afinal ambos provinham de famílias muito humildes, que não tiveram dinheiro para os deixar estudar, e portanto ela para os seus pais era a continuação do que eles não tinham tido, faziam todos os sacrifícios por ela, mesmo não sendo pessoas abastadas, faziam os possíveis para que ela tivesse a melhor educação possível chegando a ponto de a trazerem em Coimbra num colégio interno para que ela recebesse os melhores estudos e até essa altura tinham-se sentido bastante satisfeitos, uma vez que ela tinha boas notas e os compensava dessa forma.
- Ah, o Miguel, - responde o pai da Margarida - é o rapaz novo que lá trabalha, pois, ele traz o almoço de casa, uma vez que não é daqui.
-Sim, já me tinhas dito – disse a mãe da Margarida
O jantar continuou, mas a Margarida já não estava concentrada na conversa dos pais, na sua cabeça começou a formar-se um plano, e se bem pensou melhor o fez, o seu pai alguns dias da semana não vinha almoçar a casa, mas isso ela já sabia desde o inicio, mas o Miguel não sabia, uma vez que era novo ali então ela podia fazer-se valer disso, e, poderia sempre ligar-lhe a perguntar pelo pai, uma vez que na hora do almoço não estava lá mais ninguém e portanto não corria o risco de outra pessoa atender, e assim começa a aventura da Margarida e do Miguel.


CONTINUA...

1 comentário:

  1. Margarida...
    Bolas fiquei toda empolgada na historia... E o capitulo 2 nunca mais veio amiga hehehe. Agora gostava de saber como tu te arranjas-te para conhecer o Miguel : )

    Beijocas

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